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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Como um arbusto nascido em lugar inesperado levou a corpos de desaparecidos 32 anos antes

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Uma figueira nascida numa terra árida e imprópria para esse tipo de vegetação chamou a atenção de um antropólogo forense. Um depoimento que relatava que um dos desaparecidos havia comido um figo antes de sumir ajudou a fechar o quebra-cabeças.
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BBC
Por BBC 

Esse é o arbusto encontrado na praia de Episkopi que foi o ponto de partida para a descoberta dos corpos de três homens desaparecidos há 32 anos — Foto: Cortesia/Xenophon Kallis/BBCEsse é o arbusto encontrado na praia de Episkopi que foi o ponto de partida para a descoberta dos corpos de três homens desaparecidos há 32 anos — Foto: Cortesia/Xenophon Kallis/BBC

Para os antropólogos forenses, quase qualquer detalhe conta na busca e identificação de pessoas desaparecidas: um monte de terra, uma tatuagem, um dente solto…

No caso da história a seguir, a peça que faltava ao quebra-cabeça foi uma figueira que cresceu num local fora do comum- uma praia árida do Chipre.

Em julho de 1974, a ilha mediterrânea foi dividida em duas partes após uma invasão da Turquia, iniciada um mês antes, pondo fim a quase uma década de conflitos entre gregos e turcos assentados lá.

Os turco-cipriotas ficaram com o controle de grande parte do norte da ilha e os grego-cipriotas ficaram com o sul.
Os enfrentamentos deixaram cerca de 2.000 pessoas desaparecidas.

Uma delas era Ahmet Cemal, que havia sido visto pela última vez em junho de 1974. Ahmet vivia na região costeira de Episkopi, a 100 km do sul de Nicosia, a capital.

Seus familiares passaram décadas procurando por ele em todos os rincões do povoado e reconstruindo cada um de seus últimos passos.
"Antes de ir embora, ele comeu um figo que deu no jardim e, depois, saiu. Os grego-cipriotas o levaram", contou Munur, a irmã de Ahmet, que agora tem 87 anos, ao jornal turco Herrysat.

Tratava-se de um detalhe importante porque, segundo os familiares de Ahmet, da semente desse figo brotou uma árvore que permitiu encontrar o corpo de dele 32 anos depois.

A árvore
A descoberta do corpo ocorreu em Episkopi graças ao olhar observador de Xenophon Kallis, de nacionalidade grega, que durante muito tempo liderou o processo de busca dos que desapareceram nessa parte da ilha.

Trinta e dois anos depois do sumiço de Ahmet Cemal, Kallis notou algo estranho numa das praias da região. Era uma figueira que podia ser vista saindo de um orifício no teto de uma gruta.

"O arbusto estava numa terra seca, rochosa. Ali não crescem árvores como figueiras", explicou Kallis à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

Esse detalhe seria o ponto de partida para achar o copo de Ahmet.

As mortes
Quando as tensões entre turcos e gregos alcançavam seu nível mais alto, em junho de 1974, as milícias grego-cipriotas no sul tentavam expulsar os turco-cipriotas que estavam no seu território.

Ahmet era membro da Organização Turca de Resistência, razão pela qual em 10 de junho de 1974 os "gregos o levaram" junto com alguns companheiros, segundo o irmão dele Munur Herguner.

"A gruta não tinha entrada por terra. Então, o levaram e jogaram lá dentro usando uma entrada pelo mar", explicou Kallis. Ao sair, com a intenção de apagar qualquer rastro, os gregos dinamitaram a gruta.

"Eles pensavam que a explosão seria horizontal, mas naturalmente a dinamite explodiu de forma vertical e abriu um orifício no teto da gruta", relatou o jornalista cipriota Sevgul Uludag no artigo A História da Árvore de Figos.

"Isso permitiu a entrada de sol", explicou.
Passaram-se três décadas e, em 2006, Kallis notou a presença inusitada da figueira.

"Eu me perguntava o que aquela árvore estava fazendo ali entre as rochas e a terra estéril. Comparei fotos antigas com a paisagem atual e me dei conta de que ela não estava lá antes", contou Kallis.

"Percorri toda a praia em busca de outra árvore, de qualquer tipo, mas também não encontrei."

Foi então que ele se deu conta de que algo estranho estava acontecendo ali. Ou tinha acontecido.
Depois que os restos mortais foram retirados, a área foi delimitada para futuras investigações — Foto: Cortesia/Xenophon KallisDepois que os restos mortais foram retirados, a área foi delimitada para futuras investigações — Foto: Cortesia/Xenophon Kallis

As buscas
Em 2006, depois de fazer várias buscas, Kallis se deu conta de que perto daquele lugar onde havia nascido o arbusto, as Nações Unidas haviam registrado a ocorrência de uma explosão em junho de 1974.

E também havia o depoimento de familiares de Ahmet sobre o fato de ele ter comido um figo antes de desaparecer.

"Qualquer dado conta (para as investigações)", costumam repetir os antropólogos forenses.
Com esses indícios, Kallis guiou uma equipe do Comitê de Pessoas Desaparecidas, o organismo encarregado de identificar os cerca de 900 corpos de desaparecidos que haviam sido recuperados no Chipe.

No local da figueira, os integrantes da equipe encontraram não apenas um, mas três corpos - que foram, então, exumados.

Um deles era o de Ahmet Cemal. Os outros dois foram identificados como Erdogan Enver e Unal Adil, também turco-cipriotas.

Em 2008, os três foram levados à zona turca de Nicosia, capital do Chipre, para serem enterrados numa cerimônia militar.

A explicação
Apesar de a irmã de Ahmet argumentar que foi a semente que seu irmão guardava no estômago que permitiu que os restos mortais dele fossem encontrados, o Comitê de Pessoas Desaparecidas refuta essa versão.

"A escavação no local comprovou que não havia conexão entre a árvore de figos e os restos mortais encontrados", disse à BBC Mundo Bruce Koepke, porta-voz do comitê,
Fontes da mesma entidade disseram ao jornal Cyprus Mail que os restos mortais estavam muito abaixo do local onde estava a árvore, o que torna impossível que ela tenha brotado de uma semente que estivesse dentro do estômago de Ahmet.

Kallis reconhece que há outras explicações para o improvável nascimento da figueira na gruta da praia de Episkopi.

"Há algumas opções para que isso tenha ocorrido: um morcego pode ter levado a semente até lá. Ou a árvore pode ter nascido dos restos que ficaram dispersos como efeito da dinamite", disse ele à BBC Mundo.

"Mas os corpos estavam na mesma localidade da árvore e, para mim, essa foi a razão para que ela tenha nascido daquele lugar."

A divisão do Chipre
A declaração da independência do Chipre, em 1960, deu início a uma disputa interna entre turcos e gregos pelo controle político da ilha. O conflito alcançou o ápice da tensão em 1964.

Cerca de 10 anos depois, em 20 de julho de 1974, começou a chamada Operação Attila, o nome que a Turquia deu à operação de invasão e ocupação da ilha.

A Attila terminou quase um mês depois, em 16 de agosto, quando as forças turcas ocuparam mais de um terço da ilha. Desde então, a ilha do leste do mediterrâneo se dividiu. Na parte norte da ilha ocupada pela Turquia vive a minoria turco-cipriota, que soma quase 20% da população.

Nas outras partes do território, ao sul, vivem os grego-cipriotas. Assim tem se organizado o Chipre há mais de 40 anos. 
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sábado, 29 de setembro de 2018

Terremotos e tsunami mataram mais de 400 pessoas na Indonésia

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540 pessoas ficaram feridas e 29 estão desaparecidas. O número de mortos não é definitivo e pode subir. 
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Por G1 
Postado em 29 de setembro de 2018 às 16h00m 




Feridos são atendidos nas ruas de Palu — Foto: Muhammad Rifki / AFPFeridos são atendidos nas ruas de Palu — Foto: Muhammad Rifki / AFP

O número de mortos deixados pela série de terremotos e pelo tsunami que atingiram a ilha indonésia de Sulawesi subiu para 420 em balanço divulgado pelas autoridades neste sábado (29). O número de vítimas pode subir.

Segundo o diretor da Agência Nacional de Mitigação de Desastres (BNPB), Willem Rampangilei, há cerca de 10 mil refugiados, espalhados em 50 pontos na cidade de Palu. 

"Estamos tendo dificuldade em instalar equipamentos pesados para encontrar vítimas sob os escombros de prédios porque muitas das estradas que levam à cidade de Palu estão danificadas", disse.
Mortos em terremoto e tsunami na Indonésia passam de 400
Mortos em terremoto e tsunami na Indonésia passam de 400

Outro porta-voz da agência, Sutopo Purwo Nugroho, afirmou ainda que dados provisórios indicam que 540 pessoas ficaram feridas e 29 estão desaparecidas.

"O governo local declarará o estado de emergência", disse o porta-voz, em Jacarta. Ele frisou também que o mais urgente agora também é restabelecer os serviços de energia elétrica e telecomunicação na área.

"Quando a ameaça surgiu, as pessoas ainda estavam fazendo suas atividades na praia e não correram imediatamente, e se tornaram vítimas.

Muitos corpos foram encontrados na costa, devido ao tsunami", relatou o porta-voz. Para escapar das ondas, algumas pessoas subiram em árvores de seis metros.
Danos causados ​​por um terremoto e um tsunami na Indonésia — Foto: Antara Foto/Zainuddin Mn/ReutersDanos causados ​​por um terremoto e um tsunami na Indonésia — Foto: Antara Foto/Zainuddin Mn/Reuters

Tremores
Na sexta-feira (28), uma série de terremotos abalou a ilha indonésia de Sulawesi. Um deles, de magnitude 7,5, levou à formação de um tsunami com ondas até 2 metros.

A BNPB confirmou a formação do tsunami depois que vários vídeos foram divulgados nas redes sociais.
Vista aérea de área destruída em Palu, na ilha de Sulawesi, na Indonésia após tsunami — Foto: ANTARA via ReutersVista aérea de área destruída em Palu, na ilha de Sulawesi, na Indonésia após tsunami — Foto: ANTARA via Reuters

Milhares de casas desmoronaram, além de hospitais, hotéis e comércios. Houve corte de energia. A cidade costeira de Palu foi a mais afetada, seguida de Donggala.

Técnicos de telecomunicações e transporte aéreo chegaram neste sábado ao aeroporto nacional de Palu, que permanece fechado para voos comerciais.

A principal cidade que dá acesso a Palu está bloqueada por um deslizamento de terra.
Mapa mostra área tingida por terremotos e tsunami na Indonésia — Foto: Infografia: Karina Almeida 
Mapa mostra área tingida por terremotos e tsunami na Indonésia — Foto: Infografia: Karina Almeida

Terremoto e tsunami deixaram mesquita em Palu em ruínas — Foto: Rifki/ APTerremoto e tsunami deixaram mesquita em Palu em ruínas — Foto: Rifki/ AP

Resgates
Fortes tremores secundários continuam a ser sentidos na ilha. Os resgates continuam, mas estão prejudicados pelo corte de energia.

Aviões militares decolaram de Jacarta neste sábado levando alimentos e medicamentos para a região de Palu.
Homem observa danos causados pelo terremoto e tsunami em Palu, Sulawesi, na Indonésia — Foto: Rifki / AP PhotoHomem observa danos causados pelo terremoto e tsunami em Palu, Sulawesi, na Indonésia — Foto: Rifki / AP Photo

Tragédia em Lombok
Uma série de terremotos em julho e agosto matou quase 500 pessoas e deixou cerca de 1,5 mil feridos na ilha turística de Lombok, a centenas de quilômetros a sudoeste de Sulawesi. Milhares de habitantes ficaram desalojados.
Shopping parcialmente destruído em Palu — Foto: Antara Foto / BNBP / via ReutersShopping parcialmente destruído em Palu — Foto: Antara Foto / BNBP / via Reuters

Anel de Fogo do Pacífico
A Indonésia está em uma das regiões mais propensas a tremores e atividade vulcânica do mundo: o Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 7 mil tremores atingem essa área por ano, em sua maioria de magnitude moderada.

A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico, abrangendo toda a costa do continente americano, além de Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul.

Em 2004, um tremor de magnitude 9,1, perto da costa noroeste da ilha de Sumatra, gerou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico.
Indonésios procuram a segurança de um parque com medo de réplicas do terremoto de magnitude 7,5 que atingiu o país — Foto: Antara Foto / Rolex Malaha / via ReutersIndonésios procuram a segurança de um parque com medo de réplicas do terremoto de magnitude 7,5 que atingiu o país — Foto: Antara Foto / Rolex Malaha / via Reuters

Destruição em Palu, região central de Sulawesi — Foto: AP PhotoDestruição em Palu, região central de Sulawesi — Foto: AP Photo

Pessoas tentam circular em rua cheia de escombros na ilha de Sulawesi — Foto: Muhammad Rifki / AFPPessoas tentam circular em rua cheia de escombros na ilha de Sulawesi — Foto: Muhammad Rifki / AFP
Indonésia 
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