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sábado, 11 de agosto de 2018

Crise faz crescer diferença salarial por anos de estudo

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Renda de quem tem ensino superior é em média 5,7 vezes a de quem não estudou. 
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Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1 

Desempregados fazem fila em mutirão de emprego no centro de São Paulo (Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo)Desempregados fazem fila em mutirão de emprego no centro de São Paulo (Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo)

Ter um diploma de curso superior não é garantia de emprego, mas coloca o trabalhador em vantagem salarial cada vez maior. Um trabalhador com ensino superior completo recebe, em média, 5,7 vezes o rendimento de um brasileiro com até um ano de estudo. O aumento dessa disparidade é mais um dos efeitos perversos provocados pela crise econômica: os brasileiros que foram para a escola por menos tempo têm sido os mais prejudicados pela piora no mercado de trabalho.

Atualmente, um trabalhador com ensino superior completo tem um rendimento médio de R$ 4.911,66, enquanto um brasileiro com até um ano de estudo ganha R$ 859,81. A diferença entre os rendimentos dos dois grupos, de 471%, é maior do que foi no ano passado, de 443%. 

Mas já foi ainda pior: em 2012, os mais escolarizados ganhavam em média quase 500% mais que os que tinham até 1 ano de estudo.
E não piorou só para quem tem pouco estudo: para os brasileiros com ensino médio completo, o diferencial neste ano em relação a quem tem o superior completo chegou a 169%. É a diferença mais elevada desde 2012.
Arte/Salário (Foto: Alexandre Mauro/G1)Arte/Salário (Foto: Alexandre Mauro/G1)

A pesquisa
Os dados constam em um estudo feito pelo pesquisador Sergio Firpo, professor do Insper. Desde o fim dos anos 90 e, sobretudo ao longo do início dessa década, a economia brasileira conseguiu diminuir a disparidade de salário entre os diferentes níveis de escolaridade, o que foi fundamental para a redução da desigualdade, por exemplo.

"Em algumas faixas de escolaridade estamos observando uma volta da diferença salarial para o patamar observado em 2012", afirma Firpo. Os números da pesquisa foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) e tiveram como base o rendimento mensal habitual do trabalho principal de brasileiros com mais de 14 anos.

"Há uma piora do quadro, embora ela seja lenta. Mas é importante lembrar que esse diferencial já foi maior, sobretudo nos anos 90 e no início dos anos 2000", afirma Firpo.

Sem emprego, bico vira opção
Parte da piora pode ser colocada na conta do crescimento da informalidade no mercado de trabalho, onde a remuneração em geral é menor do que no mercado formal.

Caso de Daniele Feitosa da Silva, 30, demitida de uma confecção têxtil há dois anos, que concluiu o ensino médio e tem enfrentado dificuldade para se recolocar. Desde que foi dispensada, não conseguiu emprego formal. A renda mensal de R$ 1,2 mil caiu para R$ 500 graças aos bicos que consegue fazer em trabalhos de limpeza. Nas últimas semanas, passou a procurar emprego como atendente e caixa de supermercado.

Com três filhos, Daniele tem sido sustentada pelo marido, que trabalha como tatuador, a com a renda da sogra. "Em casa, cortamos bastante coisa: o passeio das crianças, o gasto com roupas e o supermercado. Já são dois anos desempregadas e sem muita perspectiva", afirma.
Daniele está desempregada há dois anos (Foto: Luiz Guilherme Gerbelli/G1)Daniele está desempregada há dois anos (Foto: Luiz Guilherme Gerbelli/G1)

Assim como Daniele, os trabalhadores de baixa qualificação que não conseguem se recolocar no mercado de trabalho têm optado pelo tradicional bico para reforçar a renda mensal.

Tatiane de Amorim, de 34 anos, está sem emprego desde 2017. O último trabalho foi como operadora de caixa. Com dois filhos, a renda da casa está sendo garantida pelo marido, que trabalha como motorista de ônibus. Para ajudar no orçamento doméstico, ela tem trabalhado como manicure. "Mas muitas pessoas deixaram de procurar manicures para economizar. As pessoas dão preferências para outros gastos", diz Tatiane.

Na plataforma digital Bicos, que se propõe a fazer a conexão entre os que precisam de trabalho e aqueles que procuram, a maior parte do cadastro de quem procura pela renda extra é de mulheres de baixa escolaridade.

"A procura maior é por trabalhos que exigem pouca qualificação, sem a necessidade de um curso específico. Há uma grande procura por diaristas e garçons", afirma a gerente de produtos de Bicos, Priscilla Comitto.
Tatiane tem feito bicos de manicure (Foto: Luiz Guilherme Gerbelli/G1)Tatiane tem feito bicos de manicure (Foto: Luiz Guilherme Gerbelli/G1)

Ocupação despenca para os menos escolarizados
Com a recessão e a lenta saída da crise econômica, os trabalhadores com menos escolarização foram os mais prejudicados pelo fechamento de postos de trabalho. No primeiro trimestre deste ano, a ocupação para os trabalhadores sem instrução ou com menos de um ano de ensino recuou 19,9% na comparação com o mesmo período de 2017.

Entre os brasileiros que concluíram o ensino médio, a ocupação cresceu 2% neste ano e, para os trabalhadores com ensino superior, o avanço foi de 5,3%.

"Durante a crise de 2015 e 2016, houve uma perda forte de vagas nas pessoas com menor escolaridade. Elas acabaram sendo mais prejudicadas", afirma a economista e sócia da Tendências Consultoria Integrada, Alessandra Ribeiro.

Além de enfrentar um mercado de trabalho mais restrito ou que cresce num ritmo mais fraco, os trabalhadores menos escolarizados ainda viram a concorrência aumentar. Nos últimos anos, os brasileiros estão passando mais tempo na escola - em média, 9,1 anos - e, portanto, hoje há mais trabalhadores com alguma qualificação melhor para um mercado reduzido.

"O ensino médio se popularizou muito, então a oferta de pessoas com esse nível de escolaridade tem mais concorrência para trabalho, enquanto a demanda diminuiu", afirma o diretor da FGV Social, Marcelo Neri.

Os dados da última Pnad sobre educação revelaram, por exemplo, que a quantidade de brasileiros com mais de 25 anos e que concluiu ensino médio era de 26,3%. A fatia de brasileiros com ensino superior é de 15,3%, enquanto a quantidade de brasileiros sem instrução ou com menos de um ano de estudo ficou em 11,2%. 
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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Greve dos caminhoneiros faz comércio cair pelo 2º mês seguido

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No fechamento do segundo trimestre, o volume de vendas cresceu 1,6%. No 1º semestre, a alta foi de 2,9%.
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Por Daniel Silveira e Marta Cavallini, G1 


Comércio na Rua 44 no Setor Central em Goiânia, Goiás (Foto: Vanessa Chaves/G1)Comércio na Rua 44 no Setor Central em Goiânia, Goiás (Foto: Vanessa Chaves/G1)

As vendas do comércio varejista brasileiro caíram 0,3% em junho na comparação com o mês anterior, segundo divulgou nesta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do segundo resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 1,5% em dois meses.

A taxa de maio foi revisada para queda de 1,2% em vez de 0,6%, devido à greve dos caminhoneiros que causou desabastecimento e queda no consumo também no mês seguinte.

Números do varejo:
  • Junho em relação a maio: -0,3%
  • Junho em relação a mesmo mês de 2017: 1,5%
  • 1º semestre: 2,9%
  • 2º trimestre: 1,6%
  • Acumulado de 12 meses: 3,6%
Com o resultado de junho, o patamar de vendas do comércio varejista ficou 7,7% abaixo do nível recorde do setor, alcançado em outubro de 2014. Essa distância chegou a 13,4% em dezembro de 2016, o que demonstra recuperação gradativa do setor.

Em relação a junho do ano passado, o comércio varejista cresceu 1,5%. Foi a 15ª taxa positiva seguida, embora menor que a de maio (2,7%).
Greve de caminhoneiros faz comércio ter segunda queda seguida, aponta IBGE
Greve de caminhoneiros faz comércio ter segunda queda seguida, aponta IBGE

No fechamento do segundo trimestre, o volume de vendas cresceu 1,6% - bem abaixo da alta de 4,3% registrada no primeiro trimestre do ano.

No acumulado no ano, a alta foi de 2,9%, também abaixo do último semestre do ano passado, quando o setor acumulava alta de 4,2%. Apesar da desaceleração, foi o segundo semestre de alta consecutiva, depois de o setor registrar cinco quedas semestrais seguidas.

O acumulado em 12 meses passou de 3,7% em maio para 3,6% em junho, sinalizando estabilidade.
Além dos dados de maio, o IBGE revisou os dados do comércio de todos os meses deste ano. Em abril, a alta de 0,7% foi revisada para 1,1%. Em março, ao invés de um avanço de 1%, a alta foi de 0,9%. Fevereiro, quando havia sido divulgada uma estabilidade de 0%, houve queda de 0,1%. E em janeiro o setor avançou 0,9%, ao contrário do 1% que havia sido divulgado.

Vendas no comércio
Desempenho do varejo mês a mês
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Fonte: IBGE

De acordo com a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, a queda no volume de vendas do varejo em junho foi mais um reflexo da greve dos caminhoneiros.
Os impactos da greve se localizaram na atividade de hiper e supermercados que está compensando um movimento alto observado em maio, disse.
A pesquisadora apontou que houve uma antecipação de compras em maio nos supermercados, já que algumas famílias, preocupadas com o desabastecimento, anteciparam suas compras.

Isabella apontou que a recuperação do comércio ainda sofre influência da conjuntura econômica, sobretudo em razão do desemprego. A trajetória de queda do varejo iniciada em 2014 coincide com o declínio do mercado de trabalho, segundo ela.

O crescimento passou a ser observado a partir do momento em que a massa de rendimento real começou a crescer. Esse aumento da massa de rendimento claramente se dá pelo trabalho informal, já que o emprego formal com carteira assinada continua deteriorado, explicou.

Vendas no comércio
Desempenho do varejo no semestre
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Fonte: IBGE

Por setores
A greve refletiu também na venda de combustíveis e lubrificantes, mas com menos intensidade que na atividade supermercadista. A venda de combustíveis já vinha num ritmo de queda, porque é uma atividade que vem numa trajetória crescente de aumento de preços, ponderou a pesquisadora.
Vendas no comércio caem pelo segundo mês seguido. E eu com isso?
Vendas no comércio caem pelo segundo mês seguido. E eu com isso?

Das oito atividades do setor varejista pesquisadas, somente combustíveis e supermercados tiveram queda em junho – respectivamente de 1,9% e de 3,5%. O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria ficou estável, enquanto as outras cinco atividades apresentaram resultados positivos, sendo a mais expressiva na atividade de móveis e eletrodomésticos, que teve alta de 4,6%.

Resultados por atividades:
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,5%)
  • Combustíveis e lubrificantes (-1,9%)
  • Móveis e eletrodomésticos (4,6%)
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,1%)
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%)
  • Tecidos, vestuário e calçados (1,7%)
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%)
  • Livros, jornais, revistas e papelaria (0,0%)
No 2º trimestre, a redução atingiu sete das oito atividades, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 10,9% no primeiro trimestre para 5,2% no segundo), enquanto Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (de 5% para 6,2%) foi o único que mostrou ganho de ritmo na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2018.

No semestre, quatro das oito atividades tiveram expansão nas vendas, com, destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,6%) e móveis e eletrodomésticos (0,6%). Pressionando negativamente vieram combustíveis e lubrificantes (-6%), tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-8,8%) e equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-0,5%).

Em relação a junho de 2017, quatro das oito atividades tiveram avanço, com destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,1%), setor de maior peso na estrutura do varejo, seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4%) e móveis e eletrodomésticos (0,7%).

Por outro lado, o principal impacto negativo veio de combustíveis e lubrificantes (-11,6%), seguido por tecidos, vestuário e calçados (-3,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-11,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%). 

Comércio varejista ampliado
No comércio varejista ampliado, o volume de vendas em junho teve expansão de 2,5% em relação a maio, fortemente influenciada pelas vendas de veículos, motos, partes e peças (16%, compensando o recuo de 16% registrado em maio) e material de construção (11,6%, revertendo a queda de -9% de maio)

Em comparação com junho de 2017, o comércio varejista ampliado registrou a 14ª taxa positiva, com avanço de 3,7%, com destaque para o setor de veículos, motos, partes e peças (10,3%), seguido por material de construção (5,2%).

Por região
Em junho, as vendas do comércio varejista recuaram em 12 das 27 unidades da Federação, com destaque para Roraima (-3,1%), Pernambuco (-2,2%) e Amazonas (-1,8%).
Pressionando positivamente, os destaques ficaram com Mato Grosso do Sul (2,8%) e Maranhão e Paraíba (ambos com 1,6%).

Frente a junho de 2017, o comércio varejista nacional avançou 1,5%, com 23 das 27 unidades da Federação com aumento de vendas e destaque para Acre (9,7%), Paraíba (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,3%). A pressão negativa veio de quatro estados, com destaque para Distrito Federal (-5,9%). Na composição da taxa do varejo, destacaram-se: Rio Grande do Sul (5,5%), Santa Catarina (6,9%), seguido por Espírito Santo (8,3%).

Recuperação lenta
Com o desemprego ainda elevado e confiança dos empresários ainda baixa diante das incertezas em relação às eleições, a expectativa é um ritmo de recuperação mais lento da economia.

Pesquisa Focus mais recente do Banco Central, que ouve cerca de uma centena de economistas todas as semanas, aponta que as expectativas para o crescimento da economia para este ano estão em 1,50%, metade do que era esperado alguns meses antes. O próprio governo federal reduziu recentemente sua previsão de crescimento do PIB neste ano de 2,5% para 1,6%. Até maio, estava em 2,97%.
IBGE

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